Com tecnologia para romper obstáculos em trechos off-road, chega ao mercado o Jeep Compass, mais um produto made in Pernambuco do grupo FCA (Fiat e Chrysler) no Brasil; motores turbodiesel e flex, além de nível de equipamentos de série determinam as versões da linha em termos de preço.

O Brasil foi escolhido para ser o primeiro país a produzir e vender o Jeep Compass

Anfíbio típico da Europa e África, a salamandra é conhecida por sua resistência, sobretudo ao fogo – mito que, aliás, originou seu nome. Outra característica deste ser rastejante é também sua capacidade de viver em altitudes e temperaturas diversas, seja nas regiões nórdicas geladas da Polônia, quanto na costa mediterrânea quente da África.

A grade frontal com sete fendas denuncia que se trata de um modelo da Jeep

Mas, afinal, por que estamos falando de biologia em um espaço reservado para veículos? É possível explicar: a simpática lagartixa é um dos ícones escolhidos pela Jeep para fazer parte do Compass, utilitário esportivo de luxo que o grupo FCA (que abrange Fiat, a Chrysler e suas divisões) começa a produzir em sua unidade de Goiana (PE), com lançamento previsto para o Brasil dia 5 de novembro, meses antes de chegar ao mercado internacional, na verdade, a 100 países.

Jeep Compass será vendido em cinco versões, sendo três flex e duas turbodiesel

Como a salamandra, o Compass é um bicho do mato. Principalmente suas versões Turbodiesel, cujo motor 2.0 é acoplado a um câmbio de nove marchas e  ao sistema chamado de Jeep Active Drive Low (reduzida), ideal para aventuras no fora de estrada, graças à presença do Selec-Terrain que prepara o veículo para lidar da melhor forma possível com o piso. O comando é sempre do motorista que precisa girar o seletor no console central e o conjunto mecânico para que o veículo se adapte a vários modos. Eis: Snow (neve, para terrenos escorregadios), Sand (areia), Mud (lama) e Rock (pedra).
Este motor desenvolve 170 cv de potência e 35,7 kgfm de torque, com 80% (28,5 kgfm) já disponível a 1.500 rpm. A outra opção sob o capô é um propulsor 2.0 flex que gera 166 cv de potência e 20,5 kgfm de torque, cuja força é distribuída às rodas dianteiras pelo câmbio automático de seis marchas, que podem ser trocadas através de aletas atrás do volante. Neste caso, a tração é 4×2.

Detalhes mostram que o interior do Compass tem acabamento suave, mas com formas musculosas

Algumas peculiaridades da versão 4×4 são sua suspensão 2 cm mais alta, pneus de uso misto, placas extras de proteção sob a carroceria e o adesivo preto fosco no centro do capô.
Voltemos à salamandra, que está sim presente literalmente no Compass. Na verdade, trata-se dos chamados “easter eggs”. A tradução para o português são ovos de páscoa, mas eles são também qualquer detalhe curioso escondido que deve ser encontrado. Foi uma maneira divertida de incluir o Jeep na brincadeira e atiçar a curiosidade do público e, sobretudo, seus clientes. Além da salamandra, o modelo também esconde o monstro do lago Ness submerso em seu interior.
Quem achar vai perceber também que o interior deste SUV arretado é suave, embora musculoso, a fim de transmitir um “ar” de robustez – coisa comum nos jipes. Por fora, a grade com sete fendas e o para-malas em formado de trapézio denunciam que se trata de um Jeep. Um detalhe interessante é um friso que contorna a lataria desde a coluna “A”, além do capô em formato de concha e com um ressalto central.
A Jeep espera vender cerca de 18 mil unidades do Compass no Brasil – 70% com motor Turbodiesel – e encarar de igual para igual os SUVs coreanos, japoneses e alemães, como o Huyndai ix35, Mitsubishi ASX, Kia Sportage, Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA.

Fotos: FCA/Divulgação
Texto: Luís Otávio Pires

Versões e preços

⇒ Sport 2.0 Flex AT6: R$ 99.990,00
⇒ 2.0 Flex AT6:  R$ 106.990,00
⇒ Limited 2.0 Flex AT6: R$ 124.990,00
⇒ Longitude 2.0 Turbodiesel 4X4 AT9: R$ 132.990,00
⇒ Trailhawk 2.0 Turbodiesel 4×4 AT9: R$ 149.990,00

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