Ele tem um design de gosto questionável, mas cumpre seu papel de um veículo da família. Assim é o Spin, monovolume da Chevrolet avaliado pelo Acelera Aí, que mostrou ser eficiente para aquilo que se propõe. Equipado com uma nova geração de motores da General Motors, com 1.8 litros de capacidade volumétrica, o modelo da linha 2017 traz entre as novidades o sistema de telemática OnStar, hoje a menina dos olhos da montadora no Brasil.

Apesar do design estranho e medidas desproporcionais, tem gente que acha o Spin um veículo interessante: gosto não se discure

Apesar do design estranho e medidas desproporcionais, tem gente que acha o Spin um veículo interessante: gosto não se discute

O trecho retirado do poema de Vinicius de Morais “Receita de Mulher”, onde ele escreveu “que me desculpem as feias, mas a beleza é fundamental” pode até cair como uma luva ao nos referirmos ao Spin. Seu exterior é estranho, as medidas meio desproporcionais, com uma frente que parece não conversar com a traseira nem com a lateral. Mas tudo isso é gosto – e gosto não se discute. Tem gente que acha o Spin uma gracinha.
Só que o Spin, que foi desenvolvido para substituir dois outros monovolume de sucesso da Chevrolet – a Zafira e o Meriva -, não está no mundo para desfilar nas passarelas, nem mesmo para fazer inveja ao vizinho. E sim para atender às pessoas que procuram um veículo tamanho família. Tanto é verdade que lidera as vendas em sua categoria.

O Spin foi desenvolvido para substituir dois outros monovolume de sucesso da Chevrolet: a Zafira e o Meriva

O Spin foi desenvolvido para substituir dois outros monovolume de sucesso da Chevrolet: a Zafira e o Meriva

Posição de dirigir de destaque, câmbio suave e OnStar como novidade: detalhes agradáveis do Spin

Posição de dirigir de destaque, câmbio suave e OnStar como novidade: detalhes agradáveis do Spin

O Spin tem duas versões, uma com sete lugares e outra com cinco – esta última foi a cedida para avaliação. Mesmo não sendo a opção com maior capacidade, o modelo se destaca pela funcionalidade do interior e pelo amplo espaço para todos, seja para quem está na frente ou atrás. Sem contar o porta-malas de 710 litros, que pode ter 1.021 litros, com os bancos traseiros rebatidos.
A posição mais elevada para dirigir transmite uma sensação de segurança incrível. E como há ajustes do banco do motorista, achar o ponto ideal fica mais fácil. Os comandos do painel também são bem localizados, assim como os diversos porta-objetos.
O revestimento interno dos assentos tem grafismos dentro do figurino (nada de excepcional), mas estranhamos o uso de material muito espartano nos painéis laterais. O material plástico parece frágil, principalmente os puxadores internos das portas – bem pobrezinho mesmo para um veículo de mais de R$ 65 mil.
Mas a presença da direção elétrica facilita sobremaneira as manobras, seja no trânsito ou nas ações de estacionamento. A suspensão também é bem calibrada e, apesar de mais alta, tem estabilidade satisfatória, inclusive em curvas.

Motor 4ECO é uma nova geração de propulsores da GM com a missão de estar entre os mais econômicos do mercado

Motor 4ECO é uma nova geração de propulsores da GM com a missão de estar entre os mais econômicos do mercado

O câmbio automático de seis marchas tem comportamento suave, até mesmo se o motorista optar pelo modo  Active Select, que permite as trocas manualmente. Bem legal o sistema de alerta de mudança de marcha que fica no quadro de instrumento, onde aparece um ícone que  indica o momento certo para as trocas. Isso facilita a pilotagem e ainda ajuda a economizar combustível.
Economia, aliás, é o que deseja o Spin. Quando foi lançado tinha um propulsor considerado “gastão” e criticado, mas agora a GM equipou seu monovolume com um chamado 4ECO. Trata-se de uma nova geração, com 111 cv de potência, quando abastecido com álcool, que faz média de 9 km/l, no circuito cidade/estrada. Com gasolina, quando a potência cai para 106 cv, o modelo bebe menos: 12 km/litro.
Pelo conjunto da obra, o Spin é bem agradável de se guiar.  Não chega a velocidades e acelerações chamativas, mas sim dentro da simplicidade para satisfazer o senhor e também a senhora.

Fotos: Eduardo Aquino
Texto: Luís Otávio Pires

Ficha Técnica

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