Mais um feriadão chegando hein! E com ele milhares de pessoas decidem encarar a estrada para dar uma relaxada e voltar com as baterias um pouco mais carregadas para enfrentar a crise (ops) – o dia a dia. E toda vez em que estão envolvidos o automóvel, a moto e as rodovias surgem diversas dicas para guiar com segurança e, mesmo assim, tem gente que ignora – todas ou parte delas – e o resultado desta história é desanimador.

Para quem não quer ficar na estrada, aguardando  o reboque, nunca é tarde para ler (de novo) algumas sugestões de gente que sabe, estudou para isso, dá para entender?

Vamos começar pelos pneus. A aderência de um veículo é proporcionada exclusivamente por eles, os únicos pontos de contato com o solo e  garantem as ações fundamentais da condução, como manter a trajetória desejada ou transmitir as forças de frenagem e aceleração.

Quem explica mais é o engenheiro e gerente de produtos da Michelin para a América do Sul, Flávio Santana: “se a aderência não existisse, os veículos não poderiam fazer curvas e nem se mover, ficariam patinando no mesmo lugar. E quando em movimento, eles não poderiam parar”.

Segundo ele, o nível de aderência depende do tipo de pneu (dimensão, tecnologia, área de contato com o piso, pressão utilizada, etc.), do piso (tipo de asfalto, terra, misto, cascalhos, pedras), do veículo (suspensão, ABS, ESP) e de fatores externos que podem influenciar os itens anteriores, como temperatura, umidade e condições climáticas. “É preciso atenção nas frenagens e curvas, principalmente se o piso estiver molhado. Os pneus devem estar sempre em perfeito estado, levando em conta a calibragem e vida útil”, acrescenta.

Neste quesito vale ainda prestar atenção no estado dos pneus – se estão carecas, meia-vida ou bons -, e se a pressão (calibragem) está correta seguindo o que está no Manual do Proprietário. Para quem não lembra, cada carro tem cinco pneus – não esqueçamos, portanto, do estepe.

Há mais item fundamental: os amortecedores. Eles são os responsáveis por manter o contato permanente dos pneus com o solo, garantindo a estabilidade do automóvel.  Os fabricantes indicam a revisão da peça quando o veículo atingir aproximadamente 40 mil quilômetros ou conforme orientação da montadora. Depois disso, o motorista deve realizar checagens periódicas.

Os amortecedores também devem ser inspecionados quando o condutor notar problemas de dirigibilidade como ruídos na suspensão ou balanços excessivos. Os seus estão assim? Então corre para uma oficina.

Outra empresa que preparou algumas dicas para uma viagem tranquila foi a BR Insurance, especializada em corretagem de seguros, gestão de riscos e consultoria de benefícios. Algumas são óbvias, mas nem sempre atendidas.

Por exemplo, o uso do cinto de segurança. Usar o equipamento reduz os riscos de fatalidades em acidentes de trânsito e seu uso é imprescindível por todos os ocupantes, inclusive pelos passageiros do banco traseiro. Além de ser obrigatório.

Além disso, respeitar os limites de velocidade da via é essencial para uma viagem segura. Em uma situação de colisão, a alta velocidade aumenta a gravidade do acidente.

Mais dois perigos são dirigir sob efeito de álcool e usar o telefone celular. Ambos são proibidos e colocam em risco a vida de todos que trafegam na estrada.  Pesquisas mostram que escrever uma mensagem no celular aumenta o risco de acidente em mais de 20 vezes.

Esta vai para os apressadinhos! O motorista nunca deve fazer ultrapassagem pela direita, pois a possibilidade de se envolver em um acidente é maior.  E utilizar a sinalização antes de uma ultrapassagem é essencial para a segurança.

Não se esqueça também de realizar revisões periódicas no veículo, principalmente antes de pegar estrada, pois garante uma viagem mais tranquila e segura. É sempre importante verificar sistema de injeção, freios, suspensão, alinhamento, condições da bateria, níveis dos fluidos, faróis e lanternas.

Outro alerta vai para os dias de chuvas:  mantenha distância do veículo que está à frente. Na medida em que a visibilidade na estrada diminui, é importante reduzir a velocidade. Lembre-se ainda que trafegar no acostamento é contra a lei e pode ocasionar acidentes. Só use esta pista em situações de emergência e de extrema necessidade e onde é permitido.

Para quem tem crianças, fique atento: garotada até sete anos só pode viajar com assentos próprios ou cadeirinhas infantis. E ainda lembre-se que em um acidente, qualquer objeto solto dentro do carro pode ser arremessado no interior do veículo, ferindo gravemente os seus ocupantes. Por isso, objetos e bagagens sempre devem ser transportados no porta-malas, e os animais de estimação precisam ser transportados em caixas ou nas cadeiras apropriadas, com cinto de segurança.

No mais, tenham uma boa viagem – de ida e de volta.

Fotos: Arquivo A.

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