Andamos na versão esportiva do Argo, equipada com motor 1.8 E.torQ, que rende 139cv com etanol, e câmbio manual de cinco marchas, que, juntos, proporcionam uma boa dirigibilidade e um nível bem razoável de consumo. O modelo também tem bom nível de acabamento interno e visual externo com sotaque italiano. O porte e entre-eixos de Punto garantem um bom espaço interno.
A grade em colmeia e os faróis com máscara negra parecem nitidamente inspirados nos do Fiat Mobi
O Argo é a grande aposta da Fiat para derrotar seus principais adversários no segmento dos hatchs compactos: o Chevrolet Onix e o Hyundai HB20. Embora Argo represente a palavra “Algo” no bom “mineirês”, o nome do carro foi triado da mitologia: era a nau que levou Jasão e os argonautas em busca do velo de ouro. O modelo foi desenvolvido no Polo Automotivo de Betim, em Minas – que recebeu expressivos investimentos para aprimorar a qualidade construtiva dos modelos lá fabricados –, a partir da plataforma do Punto, da qual se aproveitou 20%. Os outros 80% foram desenvolvidos partindo da estaca zero
A versão esportiva tem cobertura plástica nas caixas de roda de nas soleiras
A primeira versão que avaliamos foi a HGT. Por fora, o visual esportivo é marcado pela grade em colmeia que, junto com os faróis com máscara negra, parecem nitidamente inspirados nos do Fiat Mobi; pela faixa vermelha na moldura inferior da tomada de ar; pelas molduras plásticas nas caixas de roda e soleiras; pelas rodas de liga de bonita desenho e 17 polegadas (opcionais), pela saída do escape e pelo defletor de ar no teto e na cor preta.
Na traseira, destacam-se a saída de escape esportiva, as lanternas inspiradas nas da Alfa Giulietta e o defletor de ar no teto
Por dentro, a esportividade fica por conta da faixa horizontal vermelha no painel, da pedaleira, da quase invisível linha vermelha dentro do velocímetro e do volante de três raios com base ligeiramente achatada. Mas a grata surpresa no habitáculo é o bom nível do acabamento. Também chama a atenção a tela de sete polegadas do sistema multimídia (compatível com Apple CarPlay e Android Auto) bem saliente no centro do painel. Com Bluetooth, entrada USB e sistema de reconhecimento de voz, o Uconnect é bem intuitivo e fácil de operar.
A faixa vermelha no painel e a tela multimídia saliente lembram a solução usada pela Mercedes no Classe A
O espaço interno proporciona um bom nível de conforto para quatro adultos e o porta-malas leva 300 litros, um pouco mais do que seus concorrentes diretos. Também contribuem para o bem estar do motorista e dos passageiros o ar-condicionado digital (opcional), a boa posição de dirigir, o quadro de instrumentos digital e personalizável, o alerta de limite de velocidade, a segunda porta USB para os passageiros do banco de trás, a boa qualidade do sistema de som (dois alto-falantes dianteiros, dois alto-falantes traseiros e dois tweeters), e os opcionais sensores de chuva e crepuscular e retrovisores externos elétricos com função Tilt Down (que evita choques em ruas e locais estreitos).
O motor é o já conhecido 1.8 E.torQ, que rende 139cv com etanol e 135cv com gasolina
O pacote de itens de série de segurança inclui cintos de três pontos e apoios de cabeça para todos os ocupantes, controles de tração e estabilidade, sinalização de frenagem de emergência, sistema isofix para fixação de cadeiras infantis, sistema que auxilia nas arrancadas em subida e sistema de monitoramento da pressão dos pneus. Como opcionais na lista de segurança, existem airbags laterais dianteiros, sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico e câmera de ré.
Banco traseiro acomoda com conforto dois adultos e tem cinto de três pontos e apoio de cabeça para todos
O motor 1.8 E.torQ e o câmbio manual de cinco velocidades formam uma dupla interessante. O motor tem bom fôlego mas, como a sua força aparece em regimes mais elevados, o câmbio cumpre bem a função. Com engates bem precisos, ele possibilita que as trocas sejam rápidas para manter a rotação do motor em alta e a tocada seja prazerosa. Com calibragem mais esportiva, a suspensão acompanha bem o ritmo, sem sacrificar muito o conforto. O nível de consumo é bem razoável e conta com a ajuda do start/stop no tumultuado trânsito das grandes cidades.
As rodas de 17 polegadas têm bonito desenho e são opcionais na versão HGT
Texto e fotos: Eduardo Aquino
Ficha Técnica
Motor – Dianteiro, quatro cilindros em linha, 1.747cm³ de cilindrada, 16V, que gera potências de 135cv (gasolina) e 139 (etanol) a 5.750rpm e torques de 18,8kgfm (gasolina) e 19,3kgfm (etanol) a 3.750rpm
Câmbio – Manual, de cinco velocidades
Suspensão – Dianteira, do tipo McPherson; e traseira, eixo de torção
Dimensões – Comprimento, 4,00m; largura, 1,75m; altura, 1,50m; e entre-eixos, 2,52m
Freios – A disco na dianteira e tambor na traseira
Direção – Com assistência elétrica, 10,5 m (diâmetro de giro)
Rodas – De liga de 16 polegadas (17 são opcionais), calçadas com pneus 195/55 R16
Tanque – 48 litros
Porta-malas – 300 litros
Peso – 1.243 quilos
Consumo (dados Fiat) – Cidade, 7,8km/l (etanol) e 11,4km/l (gasolina); e estrada, 9,2km/l (etanol) e 13,3km/l (gasolina)
Aceleração 0 a 100km/h (dados Fiat) – 9,6s (gasolina) e 9,2 (etanol)
Velocidade máxima (dados Fiat) – 190km/h (gasolina) e 192km/h (etanol)
Preço – R$ 64.600 e, com todos os opcionais, R$ 75.400.
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