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Presidente da Nissan do Brasil, François Dossa

A concessionária Nissan Carbel Japão foi palco no último sábado para a passagem da tocha olímpica, conduzida pela medalhista paralímpica Terezinha Guilhermina e pelo medalhista pan-americano Nivalter de Jesus. Acompanhando os condutores pelas ruas de Belo Horizonte estava o Kicks, novo crossover da Nissan (que será lançado este ano no Brasil, primeiro vindo do México e depois produzido na unidade de Resende, no Rio de Janeiro) e carro oficial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, que comanda o comboio que vai cruzar o Brasil até o dia 5 de agosto, passando por 326 cidades em 95 dias.

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Durante a passagem, o Aceleraai entrevistou o presidente da Nissan do Brasil, François Dossa, que falou sobre os ousados planos para o Brasil. A marca japonesa apresenta na semana que vem a nova geração do sedã Sentra, que passou por uma renovação no visual externo e interno e ganhou um pacote tecnológico mais aprimorado.

Aceleraai – O Kicks pretende levar a medalha de ouro na corrida dos crossovers?
François Dossa – Acho que sim. Temos planos bem ambiciosos para o Kicks. E acredito que os principais adversários para a conquista desta medalha seriam o Honda HR-V e o Jeep Renegade. Os planos da Nissan neste segmento começaram com o Murano e nasceram há quatro anos, a partir de um desejo do nosso CEO mundial, Carlos Goshn, que pediu que o lançamento mundial fosse no Brasil durante os Jogos Olímpicos.

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Aceleraai – O Kicks brasileiro será exportado para outros países?
François Dossa – Depois do Brasil, o Kicks vai ser vendido em outros 79 mercados. Ele será também produzido em outras fábricas Nissan pelo mundo (como já está sendo produzido no México) e, num primeiro momento, a fábrica de Resende (RJ) deve abastecer os mercados na América do Sul.

Aceceraai – Quanto à qualidade, o Kicks brasileiro terá o mesmo nível que os outros?

François Dossa – Queremos que seja igual ou melhor, como fizemos com o March e o Versa que estão sendo produzidos no Brasil. Para o desenvolvimento do carro aqui nós nos inspiramos na unidade de Aguascalientes, no México, mas sempre visando uma melhora no processo construtivo.

Aceleraai – O Kicks mexicano chega em versão única?
François Dossa – Por enquanto, sim. Ele será vendido na opção SL, que será uma série limitada (a mil unidades) como a que fizemos com o March Rio 2016 com motor 1.6 (que desenvolve 114cv) e câmbio do tipo CVT (continuamente variável). Quando o modelo começar a ser produzido no Brasil, podemos pensar em outras opções de câmbio (talvez um manual, de seis velocidades) e motor.

CVT do Versa

Aceleraai – Por falar em CVT, está confirmado o lançamento deste câmbio para o March e o Versa no próximo mês?
François Dossa – Sim, já fechamos os programas de testes e ouvimos muitos elogios de fornecedores e de jornalistas especializados que já dirigiram esses carros. O CVT Xtronic (como foi batizado pela Nissan este tipo de câmbio) vem do México, onde é produzido pela japonesa Jacto, e será uma opção para os modelos com motor 1.6 (de 111cv de potência e 15,1kgfm de torque). Um dos motivos dos elogios foi o consumo (a Nissan divulgou que na cidade, com gasolina, o Versa e o March fazem 11,6km/l; e na estrada, com o mesmo combustível, o Versa faz 14,1km/l e o March, 14,5km/l, ambos com nota “A” no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro).

Aceleraai – Com que índice de nacionalização o Kicks estreia no Brasil?
François Dossa – Quando o modelo nacional for lançado, no segundo semestre, este índice deve estar próximo dos 70%. Mas a nossa meta é de, no mínimo, 80%.

Frontier 2017

Aceleraai – No segmento das picapes médias, todos estão se mexendo. E a Nissan?
François Dossa – Vamos começar as vendas ainda este ano da nova Frontier, que mostraremos no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro. (A Frontier ganhou uma geração totalmente nova, que, especula-se, passará a ser produzida somente na Argentina, e não mais na fábrica do Paraná. Além do visual totalmente renovado, com uma pegada mais esportiva, a picape terá motor turbodiesel de 190cv, acoplado a um câmbio automático de sete velocidades)

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