Os pneus são os elos entre o carro e o chão. Por isso, rodar com pneus descalibrados afeta tanto a segurança quanto o bolso do dono do carro, pois fora da calibragem correta o veículo fica instável, perde a aderência e a distância de frenagem aumenta. Além disso, os pneus desgastam de forma irregular e o consumo de combustível aumenta.

A calibragem deve ser feita uma vez por semana e sempre com os pneus frios. Para evitar que eles se aqueçam muito, procure um posto próximo de casa ou do trabalho. Por exemplo, não rode mais do que três quilômetros em velocidade reduzida.

Para encontrar a pressão correta para o veículo, o dono deve consultar o manual do fabricante. Mas essa informação também costuma figurar na coluna central ou na parte interna da tampa que dá acesso ao bocal do tanque de combustível.

Rodar com pneus murchos provoca aumento do consumo de combustível, desgaste irregular da banda de rodagem (nas suas laterais), prejudica o controle da direção do veículo e aumenta a distância de frenagem (ou seja, essa distância maior pode representar a diferença entre bater ou não no veículo da frente, por exemplo). Em altas velocidades, a baixa pressão provoca aquecimento e aumenta as chances de explosão do pneu.

Manter a correta calibragem dos pneus gera economia de combustível, pois faz com que a resistência ao rolamento seja minimizada. “A pressão insuficiente impede que a banda de rodagem tenha um contato total com o solo, sobrecarregando os ombros do pneu. Outro problema é o calor excessivo em altas velocidades, que pode levar ao estouro do pneu em casos extremos”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental Pneus, acrescentando que um estudo realizado pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), o órgão que cuida da segurança veicular nos EUA, apontou que pneus subinflados ou gastos aumentam em até três vezes as chances de um acidente.

Se a pressão estiver acima, a área de contato do pneu com o solo diminui. E isso reduz a aderência. O carro fica instável. Ou seja, nessa condição de pressão alta, aumentam os ricos de acidentes em frenagens e curvas. O carro também fica desconfortável e vai pular mais quando passa por piso irregular. Pneus muito cheios colaboram para um desgaste prematuro da suspensão e da parte central do pneu.

“Além da segurança ficar em risco quando um veículo trafega com pneus com pressão inferior ou superior ao recomendado pelo fabricante, sua vida útil pode ser reduzida em cerca de 20%”, alerta Rafael Astolfi. Para se ter uma ideia do impacto dessa realidade no bolso do motorista, se a pressão dos pneus estiver apenas 3,0 psi (ou libras) abaixo do indicado, o consumo de combustível subirá 2%. Um exemplo real, utilizando como base esses números: um veículo que rode 30.000 km em um ano com calibragem abaixo da recomendada chega a desperdiçar um tanque de 55 litros.

É importante o dono do veículo saber também como acontece o desgaste dos pneus. Existe um índice, o TWI (sigla de Tread Wear Indicator), que informa a resistência ao desgaste de um pneu quando comparado ao outro. Ele pode ser identificado facilmente entre os gomos dos pneus (veja no infográfico no final do texto).
Por exemplo, um pneu com TWI igual a 60 vai se desgastar 40% mais rápido que um pneu de 100, enquanto que um pneu com o índice igual a 420 irá durar 4,2 vezes mais que o de 100.

Fotos: Arquivo A.
Texto: Eduardo Aquino

Ouça o boletim na Band News FM sobre calibragem de pneus. Acesse o link abaixo:

 

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