Uma boa notícia para quem gosta de modelos da Fiat e da Jeep mas reclamava da falta de motores mais modernos: o grupo FCA anunciou ontem, dia 22 de maio, que vai produzir em Betim uma nova geração de motores flex da família Firefly (vagalume, em inglês) 1.0 (de três cilindros) e 1.3 (de quatro cilindros) e outros três que não são conhecidos, com turbo, injeção direta de combustível, bloco em alumínio, variação de fase na admissão e diversas melhorias que, segundo os engenheiros da FCA, farão com que estes novos motores sejam de alta eficiência e com baixas emissões.

 

 

Para construir a nova fábrica de motores de Betim, a FCA vai investir R$ 500 milhões, que fazem parte de um ciclo de investimentos do grupo de R$ 8,5 bilhões, que inclui também 15 novos lançamentos que estarão no mercado brasileiro até 2024.

A produção dos novos motores começa no último trimestre do ano que vem e vai atender também o mercado europeu. No Brasil, os novos propulsores vão equipar modelos da Fiat e da Jeep a partir do fim de 2020.

 

 

Nova família GSE

A nova família de motores turbo 1.0 e 1.3 é chamada pela FCA de GSE (Global Small Engine, em inglês, ou pequeno motor global) e o 1.0 foi batizado de T3 e o 1.3, de T4. Além dos GSE, a empresa revelou que também está desenvolvendo uma motor turbo que vai consumir apenas etanol e que deve apresentar um consumo bem mais otimizado do que os motores flex quando abastecidos apenas com o combustível derivado da cana.

 

 

Para combinar mais desempenho e menor consumo, os novos motores terão bloco de alumínio, quatro válvulas por cilindro, injeção direta de combustível, sistema MultiAir com controle eletrônico das válvulas de admissão, coletor de escape integrado ao cabeçote, sistema de arrefecimento misto (ar/água) integrado no coletor de admissão, bomba de óleo a cilindrada variável e controle eletrônico do turbo.

 

 

15 lançamentos até 2014

Durante o anúncio dos investimentos, o CEO da FCA Latam, Antonio Filosa, disse que, entre os 15 lançamentos (isso inclui novos modelos, atualizações de veículos em linha e séries especiais) estão dois SUV’s da marca Fiat, que serão derivados do protótipo Fastback, exibido no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em novembro de 2018. Sabe-se também que a Fiat está desenvolvendo um picape compacta, que está entre esses novos modelos.

 

 

A nova fábrica terá capacidade de produção inicial de 100 mil motores, gerando 1.200 novos empregos, entre FCA e fornecedores. Com a nova unidade, o grupo FCA América Latina passa a contar com quatro famílias de motor: Fire, Firefly, Firefly Turbo e E.torQ (estes continuam a ser produzidos na fábrica de Campo Largo, no Paraná) e os importados Tigershark e Multijet turbodiesel.

 

 

De olho no Grand Siena GNV

Com o objetivo de impulsionar as vendas do Grand Siena GNV, que sai de fábrica predisposto para a utilização do gás natural, a FCA também assinou durante o evento um acordo de cooperação técnica com a Gasmig – concessionária exclusiva de distribuição de gás natural em Minas – para a promoção e incentivo ao uso do GNV e biometano como combustível veicular.

 

 

Ainda na cerimônia de anúncio do investimento, a FCA e o governo do Estado de Minas Gerais, na pessoa do governador Romeu Zema, firmaram planos de cooperação para um amplo programa voltado à educação e capacitação em engenharia automotiva. Os objetivos principais são estreitar os laços com a comunidade acadêmica e ajudar a qualificar as novas gerações de engenheiros e técnicos para as constantes evoluções em curso na indústria automotiva.

Texto: Eduardo Aquino

Fotos: Leo Lara/Divulgação FCA e Eduardo Aquino

 

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