Um avião feito de tubos, madeira, meio motor VW e peças de bike? Será que isso voa?

Conheço inúmeras aeronaves experimentais, montados por meio de kit’s, a partir de plantas, projetos próprios, ultraleves e algumas delas com maiores requintes que muitas aeronaves “de verdade”, mas o Milholland LegalEagle me chamou a atenção pela simplicidade construtiva e facilidade na aquisição de boa parte dos componentes.

Projetado por Leonard Milholland em 1988 e destinado à construção amadora de baixo custo e utilizando partes de fácil aquisição no mercado, esta máquina alada tem a estrutura da fuselagem construída em tubos de aço 4130 (cromo e molibdênio) e as asas em estrutura de madeira revestida com Dracon (tecido composto de Polyester), com um comprimento de 3,96m, uma envergadura de asa de 7,16m, sendo oferecido na forma de Kit’s composto da fuselagem, estrutura das asas, cauda e trem de pouso ou em planta.

Disponível em três versões (Legal Eagle básico, Legal Eagle XL com maior área de asa e cauda destinada a pilotos mais pesados e o Double Eagle voltado para treinamento e lazer com dois assentos na configuração lado a lado com um peso vazio de 175 kg e um peso bruto de 408 kg), ele é equipado com um motor VW de 60hp (45kw). O “Legal” no nome se deve ao fato de ser construído em conformidade com os regulamentos FAR 103 Ultralight Vehicles dos Estados Unidos.

Este modelo que tomamos como base para esta matéria não é nenhum primor construtivo, a qualidade das soldas e soluções adotadas deixam muito a desejar, mas apesar disso é importante ter em conta que a simplicidade desta aeronave não pode ser confundida com limitações extremas, já que apresenta uma performance bastante satisfatória ao que se propõe, com características de comando, velocidade de cruzeiro e stoll admiráveis.

Texto e fotos: Rodolfo Aquino


Para economizar peso e garantir que a aeronave não exceda a velocidade máxima prevista na FAR 103 de 55 nós (102 km/h), a fuselagem traseira é deixada com a estrutura de treliça aparente
O motor é um Half VW refrigerado a ar “cortado” pela metade, gerando 30hp (22 KW); e este aí é originalmente nascido no Brasil
Concordo com a simplicidade, mas esse distribuidor com platinado e condensador e carburador de moto me parece um excesso de “simplicidade”
Rodas e freios de bike: mais simples, barato e fácil de achar, impossível
Estrutura da asa em madeira e revestida em Dracon
Um cockpit mais simples e espartano impossível
A “Maquina” vista de frente: a hélice recomendada é de passo fixo construída em madeira
Olha a unidade geradora de energia do bichinho
Também existem algumas variantes mais “sofisticadas”, equipadas com modernos motores radiais
Também existem algumas variantes mais “sofisticadas”, equipadas com modernos motores radiais



Edição: Eduardo Aquino e Luís Otávio Pires

Texto e fotos: Rodolfo Luiz Aquino Hauck



Metalmoro 20

(*)Rodolfo Luiz Aquino Hauck tem 40 anos de experiência na indústria automobilística e sempre esteve envolvido com competições automobilísticas desde 1976, quando iniciou no Kart, fazendo provas de Turismo e rally. Por seis anos, foi responsável pelo desenvolvimento e preparação de carros de endurance e rally de uma montadora. Trabalha atualmente também com fotografia.

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