A versão do JAC T5 equipada com câmbio do tipo CVT (continuamente variável), com seis marchas simuladas, apresenta desempenho e consumo melhores do que a opção com câmbio manual com o mesmo motor 1.5 16V JetFlex (de 127cv com etanol), mas não chega a entusiasmar. Os pontos altos continuam sendo o amplo espaço interno e a recheada lista de equipamentos.
O motivo de a JAC oferecer uma versão do T5 equipada com câmbio automático do tipo CVT é simples: mais de 75% das vendas do segmento dos crossovers e utilitários-esportivos compactos são de modelos com câmbio automático. A marca chinesa aposta nesta comodidade somada à boa relação custo/benefício que o modelo já oferecia na opção com câmbio manual. O câmbio CVT foi desenvolvido pela empresa belga Punch Power Train e, de acordo com a JAC, passou por uma nova calibração para o mercado brasileiro, visando mais agilidade de resposta aos comandos do acelerador.
De perfil, as linhas do T5 lembram um pouco as do ix35, da Hyundai, incluindo o recorte do vidro
Na prática, as acelerações e retomadas de velocidade apresentaram uma melhora em relação à versão com câmbio manual, mas o motor 1.5 Flex (potências de 125cv/127cv e torques de 15,5kgfm/15,7kgfm) ainda carece de mais fôlego. Também incomoda o nível de ruído do motor quando se pressiona a fundo o acelerador. Por outro lado, o consumo também melhorou em relação ao T5 manual. Na estrada de pista dupla e pouco movimento, com gasolina, ar ligado e apenas o motorista, o computador de bordo registrou média de 13,5km/l. Números razoáveis para um carro que pesa 1.210 quilos.
O câmbio CVT trouxe uma comodidade interessante para o T5 naquelas retas longas em estradas de pouco movimento: o controle automático de velocidade. No mais, a lista de itens de série é bem recheada (é a mesma da versão com câmbio manual), com destaque para kit multimídia, com mirror link (espelhamento do celular), tela de oito polegadas, conexão HDMI, câmera de ré etc.; controles de tração e estabilidade, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, sistema Isofix, assistente de partida em rampas, sensor de estacionamento e regulagem interna de altura dos fachos dos faróis.
Outro ponto de destaque do T5 é o seu amplo espaço interno. Há conforto para cinco adultos viajarem sem aperto. O porta-malas tem uma capacidade excepcional e é simplesmente a maior entre os utilitários-esportivos compactos: 600 litros. Por dentro, ponto positivo para o painel, que tem oferece boa visualização dos instrumentos; para a posição de dirigir, fácil de ser encontrada; e para a ergonomia, pois os comandos estão bem posicionados, incluindo a alavanca de marchas para o uso nas trocas manuais. Por outro lado, ponto negativo para o acabamento, que carece de materiais de melhor qualidade. A direção está muito bem calibrada para manobras e altas velocidades, enquanto a suspensão privilegia mais o conforto, prejudicando um pouco a estabilidade.
Texto e fotos: Eduardo Aquino
Ficha Técnica
Motor – Dianteiro, quatro cilindros em linha, 1.499cm³ de cilindrada, 16 válvulas, que gera potências de 125cv (gasolina) e 127 (etanol) e torques de 15,5kgfm (gasolina) e 15,7kgfm (etanol)
Câmbio – Automático do tipo CVT, com seis pontos de marchas definidos
Suspensão – Na dianteira, sistema McPherson; e na traseira, eixo de torção
Freios – Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira
Direção – Assistência elétrica
Dimensões – Comprimento, 4,325m; altura, 1,625m; largura, 1,765m; e entre-eixos, 2,56m
Tanque – 45 litros
Porta-malas – 600 litros
Rodas e pneus – De liga de 16 polegadas, calçadas com pneus 205/55 R16
Peso – 1.210 quilos
Preço – R$ 73.490
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