Nova geração do Cruze acirra briga no concorrido segmento dos sedãs médios no mercado brasileiro; com atributos tecnologicamente desenvolvidos, muita conectividade, design esportivo e atraente, modelo tem motor turbo bicombustível que tenta desmistificar a fama da Chevrolet de produzir “gastões”.

Cruze está com um jeito mais esportivo, com linhas externas mais curvas e uma grade frontal que lembra a do Camaro

Cruze está com um jeito mais esportivo, com linhas externas mais curvas e uma grade frontal que lembra a do Camaro

Podemos afirmar, com certeza, que o brasileiro está bem servido quando o assunto são os sedãs médios. Toyota Corolla, Honda Civic, Nissan Sentra são alguns representantes de respeito do segmento e, para incrementar a lista, a Chevrolet trouxe o Cruze, agora em sua segunda geração no Brasil. E, aliás, o modelo chegou para apimentar ainda mais esta saudável briga por um lugar ao sol.

Sedã da Chevrolet é maior do que modelo antecessor em comprimento e no espaço interno

Sedã da Chevrolet é maior do que modelo antecessor em comprimento e no espaço interno

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Avaliado pelo Acelera Aí, o Cruze LTZ chama a atenção já nas suas dimensões maiores que o antecessor e o seu estilo bem menos “tiozão” – agora ele está com um jeito mais esportivo, com linhas externas mais curvas e uma grade frontal que lembra a do Camaro. Esses detalhes já são suficientes para que o sedã da Chevrolet chame muito a atenção por onde passa, como percebemos durante os dias de avaliação.
Mas carro deste porte não pode ser só sinal de status. Ele tem que ser confortável e com itens de conveniência tecnológicos. Neste novo Cruze a lista de componentes de série é extensa.
O volante, compacto e de boa empunhadura, permite que o motorista desfrute muito mais do carro. A direção elétrica facilita sobremaneira as manobras de estacionamento, por exemplo. Aliás, a direção é uma verdadeira sala de controle e abriga teclas que comandam vários itens do carro, como o sistema de som, computador de bordo e até as mudanças de marchas, através das “borboletas” estilo Ferrari.
Para facilitar a vida a bordo há uma tela de 4,2 polegadas que contempla cinco modos de visualização, tais como informações gerais do veículo (pressão dos pneus, vida útil do óleo e distância do carro da frente etc); informações do sistema de áudio; informações do sistema de telefonia; informações sobre o sistema de navegação. Há ainda um menu que possibilita exibir a velocidade em que o carro se encontra, de maneira digital.

Peinel de instrumentos que mais parece uma sala de controle e porta-malas de 440 litros

Painel de instrumentos que mais parece uma sala de controle e porta-malas de 440 litros

Se quiser brincar dentro do Cruze, o sistema multimídia (chamado pela GM de MyLink 2) possibilita muita diversão . A tela de oito polegadas –confesso que já vi maiores em carros do segmento – permite integração com sistema de smartphones existentes no mercado (Android e IOS).
Mas para quem curte um carro que agora se classifica como esportivo deve se preocupar mais mesmo com o material sob o capô. É um motor da família Ecotec 1.4 turbo Flex (bicombustível) que desenvolve até 153 cv de potência e 24,5 kgfm de torque, quando abastecido com etanol – é uma cavalaria de respeito.
Os números já são importantes por si só, mas ao acelerar o Cruze percebe-se que o verdadeiro significado deles. O propulsor eleva o modelo da Chevrolet a um patamar de desempenho impressionante, mesmo no trânsito urbano. Na estrada, aí sim, o motorista pode sentir toda fúria deste sujeito metálico chamado de Ecotec.
Além de transmitir agilidade, este turbinado permite a sensação de segurança e de controle da situação, tanto nas retomadas de velocidade como nas acelerações. O turbo neste caso ainda favorece – e muito – o silêncio do compartimento para o habitáculo.

Motor de quatro cilindros 16V flex gera até 153 cv de potência, quando abastecido com etanol e 150 cv com gasolina

Motor de quatro cilindros 16V flex gera até 153 cv de potência, quando abastecido com etanol e 150 cv com gasolina

A GM, que sempre teve fama de produzir carros “gastões”, parece ter se preocupado mais sobre este famigerado quesito. Tanto que disponibilizou o sistema Stop/Start (o motor desliga quando o carro fica parado por mais de três segundos) e a injeção direta de combustível, artifícios que ajudam na economia.
A ideia, com isso, foi oferecer um carro com desempenho esportivo e atraente, mas com um consumo de carro popular. E conseguiu: o Cruze recebeu nota “A” do Inmetro na classificação de eficiência energética entregando um consumo de 11,2 km/l na cidade e 14 km/l na estrada, quando abastecido com gasolina; e de 7,6 km/l e 9,6 km/l, respectivamente, com etanol. Nada mal para um carro deste segmento.
O fabricante garante que estes números concederam ao Cruze, na média, 30% de economia em relação à geração anterior.
O OnStar, a menina dos olhos da Chevrolet em toda sua linha claro está presente também no Cruze. O sistema de telemática disponibiliza mais de 20 serviços ao motorista (emergência, segurança, navegação, concierge e conectividade). Mas nesta nova geração, ele passou por evolução. Agora, a navegação pode ser feita através de indicação por setas no display do computador de bordo do painel, e os comandos estão em um pequeno painel no teto, logo acima do retrovisor. Realmente ficou mais visível e mais fácil de manusear, em relação à versão anterior.

Preços e versões

Fabricado na Argentina, o novo Cruze é disponível nas versões de acabamento LT e LTZ (neste caso há dois pacotes), e preços que vão de R$ 89.990,00 a R$ 107.450.00.
Fotos: Eduardo Aquino
Texto: Luís Otávio Pires

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