Ao contrário do que o nome sugere, os amortecedores não são responsáveis por amortecer as pancadas da suspensão e sim limitar as oscilações provocadas pelas movimentação das molas. Por isso, amortecedores são itens de segurança e devem estar em bom estado para garantir estabilidade e boa dirigibilidade, além de conforto. Confira algumas dicas da Monroe, fabricante de amortecedores.

 

Troca a cada 40 mil km rodados?

Afirmar que os amortecedores devem ser trocados a cada 40 mil quilômetros é conversa fiada, pois o desgaste está ligado ao tipo de piso que o carro na maior parte do tempo e o tipo de uso que se faz do veículo. Ou seja, o desgaste será maior em carros que rodam sempre por vias mal pavimentadas ou em condições severas de uso, como táxis e veículos de transporte. Mas deve ser feita uma revisão a cada 10 mil quilômetros, ou conforme recomendação da montadora.

 

Trocar sempre aos pares

Ao trocar apenas um amortecedor, utilizando uma peça nova e outra usada, haverá um desequilíbrio, capaz de prejudicar a dirigibilidade do veículo. Como resultado, o motorista notará perda de eficiência. O ideal é substituir sempre os pares em cada eixo ou, se possível, realizar a manutenção de todo o conjunto.

 

Recondicionados não!

Peças recondicionadas não passam pelo mesmo processo de produção, que garante a qualidade e a segurança. Em geral, elas recebem apenas nova pintura e melhorias estéticas, além de utilizarem lubrificante diferente do recomendado. Por isso, podem apresentar eficiência bem menor quando comparadas às peças originais. A orientação é usar sempre amortecedores novos e desconfiar de preços muito baixos.

 

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Distância de frenagem

A frenagem tem relação direta com o estado de conservação da suspensão. Testes realizados pela Monroe comprovam que amortecedores com 50% de desgaste aumentam a distância de frenagem em até 2,6 metros, a uma velocidade de 80 km/h.

 

Maior desgaste = menor conforto

Amortecedores em más condições causam balanços e trepidações excessivas, dificultando as manobras. Os técnicos afirmam que um equipamento com 50% de desgaste eleva em 26% o cansaço do motorista, o que pode causar acidentes graves.

 

O risco da aquaplanagem

Um conjunto em mau estado não garante contato permanente entre os pneus e o solo. Em dias chuvosos, isso permite a formação de uma camada de água entre eles, processo conhecido como aquaplanagem. Alguns engenheiros afirmam que amortecedores com 50% de desgaste começam a aquaplanar a velocidades a partir de 109 km/h, enquanto amortecedores novos podem perder aderência somente ao ultrapassar os 125 km/h.

 

Excesso de peso detona

Ao viajar, é comum colocar todas as malas e passageiros no veículo, sem atenção ao limite de carga do modelo. Extrapolar esse limite, descrito no manual da montadora, compromete a dirigibilidade e o conforto, colocando todos os ocupantes em perigo. Tenha cuidado ao distribuir o peso de forma igualitária no porta malas, evitando diferenças de altura entre os lados da suspensão.

Fotos: Monroe/Divulgação

 

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