O conforto de não ter que ficar trocando de marcha o tempo todo está chegando aos carros compactos. E a Nissan entrou nessa onda, equipando duas versões do March 1.6 com o câmbio XTRONIC CVT (continuamente variável). Andamos na opção SL, topo de linha, que tem baixo consumo de combustível e é bem equipada.
Fabricado na fábrica brasileira da Nissan, em Resende (RJ), o March, assim como vários outros modelos da marca japonesa (Versa, Sentra e Altima), também ganhou opção do câmbio continuamente variável (CVT), que funciona como um câmbio automático. Entre as vantagens, estão o funcionamento suave, sem trancos, pois em vez de engrenagens, o CVT trabalha com polias, cones e uma correia metálica, que se movimentam de acordo com as demandas do pedal do acelerador, gerando uma enorme variedade de relações de marchas.
Ao contrário de outros CVTs, o do March responde bem rápido e de maneira mais vigorosa quando se pisa mais fundo no acelerador. De acordo com a Nissan, a melhora se deve ao sistema “Lock Up” com Active Slip Control, que “segura” a polia e a solta de forma gradual para que o torque seja transmitido de forma linear e rápida. Outra qualidade do novo CVT é a economia de combustível. Com etanol no tanque, ar ligado e apenas motorista, na estrada o March marcou médias de 7,2km/l na cidade e 9,3km/l na estrada.
No Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, do Inmetro, o March recebeu nota máxima (“A”), obtendo o selo do Conpet, concedido aos modelos que participam do programa que atingem grau máximo de eficiência energética. Nos testes do Inmetro, o hatch compacto reproduziu os resultados das suas versões equipadas com câmbio manual: com etanol, o Nissan March 1.6 16V obteve 7,8 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada, enquanto fez 12 km/l na cidade e 15 km/l na estrada quando abastecido com gasolina.
O funcionamento do câmbio também se mostrou relativamente silencioso nas acelerações mais fortes. De acordo com a marca japonesa, a melhora é fruto de um tratamento para reduzir ruídos no para-brisa e da adoção de materiais fonoabsorventes mais densos na parte superior do painel.
Quanto aos custos de manutenção, a Nissan garante que eles estão no mesmo nível dos modelos equipados com câmbio manual. Segundo a marca japonesa, os proprietários de March com câmbio XTRONIC CVT® desembolsarão R$ 2.344 para realizar todas as revisões até os 60 mil quilômetros, com intervalos de 10 mil quilômetros. O March conta com o serviço de assistência 24h Nissan Way Assistance (em caso de pane, colisão, furto ou pneu furado) e três anos de garantia sem limite de quilometragem.
A versão SL, topo de linha, tem um preço um pouco salgado (R$ 59.290), mas tem uma lista de equipamentos bem completa: ar-condicionado automático digital, ar quente, banco do motorista com regulagem de altura, comando de áudio e telefone no volante, computador de bordo com as funções consumo instantâneo e relógio, direção elétrica progressiva, travas elétricas das portas e do porta-malas, vidros dianteiros e traseiros elétricos com a função “one touch” para vidro do motorista, coluna de direção com regulagem de altura, acabamento Piano Black no painel central, alarme de advertência sonoro para chave no contato e lanternas acesas, alarme perimétrico, Nissan Multi-App (com rádio AM/FM, CD e DVD Player, MP3 com display 6,2″ colorido, função RDS, entrada auxiliar para MP3 Player, conector USB, 4 alto-falantes, conexão à internet através de WI-FI pela Plataforma Android e download de aplicativos), sistema de navegação integrado ao painel, Bluetooth streamming com comandos no volante, acionamento do alarme através de controle remoto, farol de neblina, tampa de combustível com abertura interna, rodas de liga leve 16” com acabamento Inner Black, câmera traseira com imagem integrada ao display do rádio.
Texto e fotos: Eduardo Aquino
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