Biocombustível é bom? (Parte 3)

Coletor de admissão

Dando continuidade à saga veículos diesel e o aumento da proporção do biodiesel, fomos buscar a opinião do Engenheiro Humberto Daher, graduado em Engenharia Mecânica e Elétrica, Consultor de Stellantis, outras marcas e Locadoras, além de proprietário da Personal Car, Oficina Multimarcas de Belo Horizonte.

Como a maioria dos entrevistados, ele acredita que o incremento do biodiesel ao combustível atual, assim como o etanol na gasolina também trará consequências. Mas especificamente do diesel, o problema será bem maior e irá potencializar os problemas aqui já citados.

Humberto acrescenta que, hoje, o problema já é crítico em veículos de todas marcas quando utilizados em ciclo urbano curto. Ele acrescenta que em casos extremos existe a necessidade de remoção do coletor de admissão, cabeçote, etc. para limpeza e descarbonização.

Entretanto, revela que, em parceria com a IsoTech, indústria química que atua no segmento de descontaminação de motores e tratamento químico de combustíveis desde 1999, desenvolveu um processo de descontaminação e descarbonização. Segundo ele, se aplicado de forma preventiva evita a obstrução e inoperância dos veículos.

O processo de descontaminação e descarbonização criado pelo engenheiro, conforme descrito a seguir, se inicia por uma análise do estado do veículo.

Veja o passo a passo

Para constatar se o procedimento é aplicável surtindo o efeito desejado, é desconectada a tomada de ar do corpo de borboleta (TBI) e feita uma inspeção visual. Em seguida, utilizando um boroscópio, também é verificado se o interior do coletor de admissão apresenta contaminação / carbonização úmida, como nas fotos abaixo, caso positivo, segue o procedimento.

Humberto alerta da vital importância desta análise, visto que, caso apresente uma “carbonização seca” este processo será ineficaz e o procedimento deverá ser o de retirada do cabeçote, coletor admissão e outras partes para limpeza, obviamente muito mais demorado e oneroso;

  • O procedimento inicia, via tanque, com a adição de um frasco do aditivo detergente com propriedades bactericida, fungicida e estabilizante. Também deve ser adicionado um frasco de aditivo descarbonizante;
  • O próximo passo é a retirada do Corpo de Borboleta (TBI) e efetuada limpeza;   

              

  • A seguir, para se efetuar a limpeza, são removidas a válvula EGR, sua tubulação e o sensor de pressão do coletor;

  • Após a remoção do Corpo de Borboleta com auxílio de uma espátula e aspiração é efetuada a remoção do excesso de carbonização/contaminação do coletor de admissão;
  • Com o motor em funcionamento, através do Corpo de Borboletas (TBI) é efetuada a aplicação do detergente/descarbonizante;
Aplicação do Air Intake
Aplicação do Air Intake
  • É efetuada a limpeza do sistema DPF e aplicação do Limpa DPF & Catalisador;
  • Com o propósito de eliminar resíduos acumulados no cárter e possível contaminação do óleo durante o processo, é efetuada uma limpeza interna do motor aplicando ao óleo velho um Flushing Oil;
Flushing Oil
Flushing Oil
  • Para finalizar o processo, após deixar escoar bastante o óleo velho, troca-se o filtro e o lubrificante. Com o objetivo de incrementar o poder de lubrificação e resistência do óleo à contaminação, opcionalmente pode ser adicionado ao lubrificante um Redutor de Atrito de alta performance.
Redutor de atrito
Redutor de atrito

Com estas três matérias da série espero ter ajudado a colocar um pouco de luz sobre este assunto.

Momentaneamente me despeço e agradeço ao Sr. Toninho, da Bombas Diesel BD, e Humberto Daher, da Personal Car pela inestimável colaboração.

Brevemente estaremos de volta para acordamos sobre a elevação do percentual de etanol na gasolina.

Edição: Luís Otávio Pires

Texto: Rodolfo Aquino Hauck



Leia mais:



Metalmoro 20

(*) Rodolfo Luiz Aquino Hauck tem 40 anos de experiência na indústria automobilística e sempre esteve envolvido com competições automobilísticas desde 1976, quando iniciou no Kart, fazendo provas de Turismo e rally. Por seis anos, foi responsável pelo desenvolvimento e preparação de carros de endurance e rally de uma montadora. Trabalha atualmente também com fotografia.

⇒ VOCÊ E O ACELERA AÍ
Dicas e sugestões: redacao@aceleraai.com.br
Visite e curta a fanpage do Acelera Aí (
www.facebook.com/aceleraai/)
Instagram e Twitter/@aceleraaibh
Você também pode acessar o conteúdo pelo 
www.bhaz.com.br
Os editores do Acelera Aí apresentam a coluna Acelera BandNews, na Rádio BandNews FM BH (89,5). Ouça também no https://soundcloud.com/radiobandnewsbh

Respostas de 7

  1. Parabéns Rodoldo! Essas matérias são importantes e esclarecedoras para tofos que usam veiculos diesel principalmente aqueles que os utilizam em ciclos urbanos. Valeu!

  2. Mouito boa el material!!
    Sugiero proveer también a traducao ao español para favorecer os mecánicos o lectores Argentino, Uruguayos, Chilenos, etc e asimismo poder expandir aún a más istos conceitos de excelencia que nosotros caro amigo Rodolfo Hauck nos acerca. Muuto productivo y aplicavel!!
    Obrigado!!!

  3. Ótimas matérias..obrigado Rodolfo por compartilhar conosco nobres conhecimentos de muitos anos de trabalhos na area e recentes pesquisas sobre o assunto!

  4. Muito enriquecedor. Rodolfo como sempre salvando o cidadão comum da picaretagem do mercado

Últimas postagens

Teste
Luis Otávio

Novo Peugeot 2008

A Peugeot escolheu o Hotel Vila Galé, em Alagoas, para o lançamento da nova geração do SUV 2008, que chega ao mercado esta semana em

Leia mais »
Teste
Luis Otávio

Fiat Pulse Drive 1.3 CVT

O Fiat Pulse Drive 1.3 CVT é a segunda opção mais em conta da “família” Pulse. Mais barata que ela, somente a versão Drive equipada

Leia mais »
Teste
Luis Otávio

Peugeot 208 Road Trip

A versão já não está mais disponível no mercado de 0km, mas é muito importante por ter marcado a despedida do motor 1.6 aspirado da

Leia mais »
plugins premium WordPress